terça-feira, dezembro 27, 2005

Por que Libertar-se. (a começar por 2006) ou agora...

Neste mundo de :
Felicidades enlatadas
Sentimentos maquiados
Idéias e ideais recauchutados
Prazeres mecânicos, eletrônicos e falsos
Natais angustiantes e Anos Novos temerosos
Fé empacotada em embalagem consumista
Sexo vilipendioso à essência humana
Lindos padrões morais apodrecidos pela hipocrisia.

Urge libertar-se!

Libertar-se é perceber que o ontem é a história que você construiu
O hoje é a dialética desta história
E o amanhã é mais uma oportunidade de se dar mais um passo para realizar sua utopia
Pois, tanto o homem quanto a mulher são iguais na essência
O que os fazem parecer diferentes é o desejo de ser o que sempre se quis ser
Mas não se consegue descobrir que já se é.

Libertar-se é acreditar que seus “defeitos” e “qualidades” não são dicotômicos
Mas fazem parte de uma complexa e dialética realidade
Onde um adjetivo pode ser “defeito” para uns e “qualidades” para outros
Onde suas inspirações e aspirações clamam a libertação contínua e diária
E onde nosso principal desejo se torna mais doce e forte: o amor
Não somente o amor conjugal, mas o amor para com a vida, a família, os amigos, o trabalho, a cidade, o país, o planeta e o cosmos.

Libertar-se é descobrir que a fé não se limita a divindades
A fé é o combustível da luta. Qualquer luta
Perdemos a fé quando a queremos somente para nós
E quando a impomos para os outros.

Libertar-se é descobrir que o amor tem movimento
Que ele é perfeito somente dentro de nós, no nosso íntimo
No entanto, quando ele é exteriorizado passa a ser imperfeito
Pois sempre buscará sua evolução na relação com sua gênese.

Portanto, liberte-se e viva!

segunda-feira, dezembro 12, 2005

Um novo tempo?

Natividade
Auspiciosa
Travestida de
Avarento
Lamento



Antes que o
Nada se
Origine

Navegue nos mares de sua
Origem e
Voe ao encontro de sua
Obstinação

segunda-feira, outubro 03, 2005

Tu és feliz

Razão do Cobal
Nossas felicidades
Têm essência
Nas frustrações que nunca desejamos

A desilusão
Insurge para o convite á vida real
E dá a liberdade de escolher ser feliz
Somos?

quarta-feira, setembro 07, 2005

segunda-feira, agosto 22, 2005

A mão esquerda também se mexe...

Algumas pessoas que sabem um pouco de minha história ou conhecem minha essência socialista e provocativa, pedem “explicações” sobre o que o PT está fazendo ao país.
Um enorme trabalho eu tenho pra REALMENTE explicar que não sou mais petista, mesmo tendo um pensamento de esquerda e bem próximo do que o PT construiu enquanto propositura política para o país.


Alguns, juntamente com sua pergunta, despejam também o preconceito e o delicioso hábito brasileiro de denunciar, de forma banal e sem consistência, tudo o que lhe arranha a sua hipócrita condição moral.

Na verdade eu tento não encontrar respostas, mas apenas fazer constatações óbvias. Mas tudo bem, eu entendo essa alegria do ímpeto conservador do brasileiro de detonar o PT. E deve detonar mesmo! É o direito de expressão que muitas vezes transforma realidades. Entretanto, quando ele é usado como denuncismo acaba contribuindo para o atraso em cidadania em que padecemos.

Confesso que é difícil usar a palavra no tempo passado em referência ao PT: “defendi”. Mas não me arrependo de ter defendido, porque “minha ficha caiu” na hora certa e deixei o partido logo que constatei a “Articulação” com as “raposas” do congresso. Mesmo tendo uma militância mais indireta, sem inserção institucional, eu acreditava, sim, nessas mesmas pessoas que hoje estampam as fotos como organizadores desse esquema espúrio. Mas quem, nessa vida, acredita numa idéia sem acreditar em QUEM pode concretizar essa idéia na realidade?

E quando jogam o Maluf na conversa? Eis o grande problema, quando se fala de Maluf é na primeira pessoa e do PT, na terceira do plural...Será mesmo assim? Bom, pelo que conheço da reputação dos honestos do PT, brevemente estarão tirando o boné “Agora é Lula” e colocando na mesa do diretório e dizendo “Agora sou eu”. Agora o Maluf deve estar na poltrona dele rindo e dizendo: “mas que burros, era só criar conta de entidade beneficente na Suíça”. Fez escola o habib...

Mas quem parar para pensar um pouco constatará que essa corrupção toda não foi criada pelo PT. Ela é crônica, enraizada na política vulgar brasileira. É um esquema que envolve tanta gente que, num país de cidadania sólida, seria caso de crise nacional apenas a história dos dólares na cueca. Convenhamos: quer exemplo maior de sensação de impunidade essa de levar 1000 notas de dinheiro na cueca? Mas pensemos muito bem no que esse dinheiro todo financiou. Não houve campanhas e situações políticas parecidas na história brasileira que não demandassem altas quantias em dinheiro vivo? Longe de usar isso para justificar, mas qual partido brasileiro minimamente organizado é 100% limpo?
Bom e agora, o que fazer? Nos resta o que? PRONA? Ou os renascidos Integralistas? Olha que muita gente gosta disso...


Que lindo seria ver o resultado de uma eleição no Brasil constatando 51% de VOTOS NULOS!

Mas durante isso tudo, me enxergo ainda como uma pessoa de esquerda, mesmo mantendo minha independência libertária. E ser de esquerda não é, NECESSÁRIAMENTE, defender a luta armada e a implantação do socialismo. Já tentaram isso e descobriram que estas atitudes não se fazem apenas com o ímpeto emocional, atitude a qual vira piada na boca dos reacionários. No entanto, a “piada” das armas não foi contada apenas pelos esquerdistas! Basta relembrar...
Agora, em qual democracia vivemos? O Brasil tem uma democracia tutelada, que dá brecha para pessoas como Severino, Quércia, Maluf, Serra, e José “Stalin” Dirceu. Todos eles, tuteladores natos...


Bom, agora resgato e respondo os termos e frases com os quais fui rotulado quando passei a criticar o PT depois que saquei o esquema delinqüente do José “Stalin” Dirceu e sua “Trupe de Articulação”:
“Precipitado” – Ah, não mesmo, já pensou se eu esperasse o PT se enrolar com as “raposas” para criticar? Tinha criado uma gastrite.
“Crítico irresponsável” – Opa...Roberto Jefferson que o diga.
“Imaturo” – Mamãe, quero colo, mas não o do Stalin Dirceu.
“Incoerente” – Com certeza fui incoerente dentro do que se considerava como coerência. E foi ótimo descobrir que nada é linear.
“Atrasado” – Bom, não lembro ter defendido luta armada, implantação forçada do socialismo...Eu apenas não enxergava identificações históricas e programáticas...Opa, que horas são?...Realmente estou atrasado para ver de onde vai sair a próxima maleta.
“Acredita em Papai Noel” – Ahhhh...Seria menos sofrido do que acreditar no “campo ‘stalingrado’ majoritário”. Mas tudo bem vou pedir um partido político bem bonito no Natal.
“Você tem surtos ideológicos, o buraco é mais embaixo” – Puxa, o buraco é mais embaixo mesmo! Ainda bem que saquei e não cheguei aos surtos psicóticos.

O que vamos fazer com nosso VOTO OBRIGATÓRIO?

Ser é Lutar!

sábado, julho 09, 2005

apontar...

ESQUERDA?
DIREITA?
O COGNITIVO DAS MENTES ESTÁ DOENTE
MAS APONTANDO PARA A LiBeRdAdE.

segunda-feira, junho 27, 2005

Retrô

Retrô é retrocesso
Retrospectivas vãs
Retroativismos hipócritas
Tudo que vejo é retrô
Serei eu também?

Exceto uma ou outra progressividade
Está o retrô
Inversamente concebido nesta falsa existência
Onde deveria ser meio
É fim

Se o que pensamos é derivado daquilo que fazemos
E, logo, o que fazemos é derivado daquilo que pensamos,
Por que negar esta dialética ao vislumbrar o passado?

Na vala do retrô estão as ideologias
Quase todas se apóiam no retrô
Para aliviar o medo de refletir a si mesmas

A fé não questiona mais a verdade
Criou suas próprias verdades
E as sustentam no retrô
Na nostalgia mórbida

A filosofia respira vacilante
Busca o ar puro da racionalidade
Num ambiente sufocante
De ar mofado pela banalidade

A música e a arte
O cinema e o teatro
A poesia e a literatura
Quando não reciclados pela estupidez capitalista
Nos remetem lembranças doces
Mas pouco fomentam a verdadeira vida

O amor continua sendo inexplicável na sua essência
Por excesso dele o ser humano sente-se solitário no desejo de amores novos
Por carência dele se deleita, em massa, em amores recauchutados

Importa amar o que se quer
Para transformar o que se tem
Sem retrô e nem complô
Com novas raízes e matrizes

Revolucionar o velho
Para esculpir o novo


Luciano Alves

Eu aprendi que...

Ser brasileiro é aprender a preencher com ética a grande lacuna entre o idealismo e a realidade.

quinta-feira, abril 21, 2005

Sua Santidade, a Liberdade

A recente morte do papa João Paulo II se apresentou para mim de maneira peculiarmente contraditória. Pois o curso de seu pontificado praticamente coincidiu com minha trajetória no catolicismo.
Em outubro de 1978, quando Karol Wojtyla foi eleito papa, completava-se 01 ano do meu batismo na Igreja Católica. Em 1991, quando ele veio ao Brasil pela 2ª vez, eu “retornava” à Igreja depois de um quase assumido compromisso com a marginalidade. E agora, em 2005, no momento de sua morte, é que eu me encontro mais convicto do que nunca da minha decisão de não mais me considerar católico (nem para, hipocritamente, escapar de reprimendas dos alienados de plantão) e plenamente escolher o exercício do chamado “livre-arbítrio”... ou será liberdade?
Batismo.
Lá estava o pequeno Luciano (pequenino, no caso), no colo de sua mãe e sob os olhares de seu pai e padrinhos, vestidos com os mais belos chapéus rodados e calças boca-de-sino. De repente me jogam uma água na cabeça e me dizem que meu “pecado original está perdoado”. Mas que pessimismo pela criação esse o da Igreja, acreditar que já se nasce pecador...Um pecado que Adão, o comedor de maçã, cometeu articulando com seu fruto de costela por, simplesmente, desobedecer a Deus. Mas se eles foram punidos porque, pelo “livre-arbítrio”, decidiram que queriam experimentar o “fruto proibido”, onde se encontra legitimidade desse “livre-arbítrio”? Fica claro que o entendimento disto remete a uma corriqueira contradição dos que, para educar “rigidamente” as crianças, impõem regras obscuras e trancadas em termo de deciframento. Então, as “crianças”, sempre espontâneas e á busca de respostas, transgridem as regras. Está explicado porque Adão não foi criado como criança, e sim já na forma de adulto “maduro”. Sendo assim, só acredito em compromisso simbolizado de ritual quando este respeita a mínima maturidade, uma mínima capacidade de se formular perguntas como: “o que significa essa água que você vai jogar na minha cabeça?”. Porque, afinal, ninguém gosta de comer fruta verde!
Crisma.
Um saudoso bispo chamado Dom Décio encobria as espinhas de minha testa com óleo, batia na minha cara e dizia que eu estava “maduro na fé”. E eu, já com 17 anos e os hormônios da libido explodindo no corpo, ainda tinha muitas e muitas perguntas antes de me considerar “maduro”:
- Porque tenho que me sentir culpado por me masturbar ou por olhar para as bundas das meninas?
- Porque o terço é tão monótono?
- Porque Jesus é branco de olhos azuis se não era europeu?
- Porque Jesus não foi político se na bíblia ele ataca ferozmente os políticos da época?
- Porque a Igreja é rica, sendo que Jesus era pobre e os padres fazem voto de pobreza?
- Porque tenho que me confessar e acreditar que estou “limpo” depois de rezar a “penitência” se, todos os dias, sou obrigado a olhar as curvas da garota mais gostosa da classe, que senta logo na minha frente?
- Porque Francisco de Assis que, andava pelado em nome da pobreza, é santo e o Padre Cícero, que profetizava o futuro dos pobres do nordeste brasileiro, não é?
- Porque eu não posso beber o vinho da comunhão, se o próprio Jesus distribuiu a bebida e mandou fazer o mesmo?
- Porque a Igreja Católica é única igreja de Deus se, antes mesmo do judaísmo, já existiam religiões?
- Porque a verdade está somente na bíblia se existem livros mais antigos que se fala de Deus e do pensar a vida?
- Porque a Igreja concentrava tanto poder se Jesus pregava o contrário?
- Porque Jesus é o salvador do mundo, sendo que Buda, Khrisna e Maomé são também considerados como o “salvador” do mundo?
- Porque ninguém me responde essas e outras perguntas?

Doutrina e disciplina.
Ao ver os outros adolescentes como eu não se inquietarem com tais questionamentos, passei a assimilar a premissa doutrinal base do catolicismo: a obediência. O incômodo interno com questões que queriam respostas teria que ser abafado pela obediência no que hoje chamo de “sistema de elo autoritário”, isto é, obedecendo ao imediato superior na igreja, você está obedecendo ao bispo, que por sua vez o arcebispo, seguindo pelo cardeal, pelo núncio apostólico, pelos prefeitos de congregações, chegando ao papa e por fim a Deus. Significa que a relação com Deus não pode ser direta, antes de passar pelo julgamento de pessoas como eu. Isto me incomodava muito porque eu já decifrava as conjunturas hipócritas que se formavam por causa disto. Porque, mesmo havendo conflitos de grupos internos da comunidade (assim como acontece em qualquer lugar) e, por conta disto, se despendia tempo para esse enfrentamento para, ao final, TODOS aceitarem a decisão do padre, mesmo esta sendo anacrônica, pois seguindo a idéia da obediência, quem estava decidindo naquele momento era “Deus”.
Este modo de se relacionar me machucava muito, mas segui realizando o “sacrifício a Deus”, como costumam dizer. Que grande e torpe contradição...
Eu tinha que me acostumar com esta condição: era “bom” para Deus que um leigo, aquele que não tem o conhecimento (seria mais verdadeiro “aquele que NÃO PODE ter o conhecimento"), seja piedoso e aceite o sentimento “normal” de CULPA por querer transcender a “ordem divina”.
Eu, catequista do Crisma.
Minha liderança me levou a ensinar a doutrina para outros jovens que assim como eu, estavam na igreja em busca de respostas e verdades. Então decidi inverter a lógica do ensino, ou seja, ao invés de dizer o que era o "certo", transferia a responsabilidade aos crismandos que, seguindo a natureza humana da evolução, questionavam legitimamente o seu tempo em choque com o tempo da igreja. Nisto, vi que eu não era o único a me sentir incomodado e que alimentar aquela culpa só me trazia sofrimento.
A partir daí seguiu-se, para eu e o restante da coordenação, o boicote político pelos membros eclesiásticos: o isolamento, a ridicularização, o enquadramento e a expulsão. Coisas de Deus? Leonardo Boff que o diga!
Este foi o divisor de águas que determinou a diferenciação entre “livre-arbítrio” e liberdade. Depois segui desvendando o contexto histórico desse conflito, derivando na minha escolha atual.
Em meados do ano 2001 escrevi o texto abaixo:
“Não me considero mais como católico. E estou, a cada dia, mais decepcionado com o catolicismo. Esta decisão não é pragmatista e estanque, mas sim fruto de um complexo processo de transformação interior a qual iniciei dentro da própria Igreja. Eu reconheço que lá eu me encontrei com Deus, mas me encontrei tanto que quis descobrir como funciona a fé e a Igreja enquanto religião. A Igreja não entendeu isto, minha relação com ela não é harmônica por conta da rejeição que temos: a minha de não aceitar dogmatismos e verdades absolutas e a da Igreja de não aceitar uma concepção universalista da fé e da realidade humana. Jesus acreditava nisto, mas seus herdeiros católicos prostituíram, historicamente, sua proposta. Apropriaram-se, por conta do poder, do cristianismo. E por isso, não sabem ainda lidar com a secularização, suas rupturas não lhe serviram de lição. No entanto, não recrimino os católicos, pois cada pessoa tem seu ritmo, suas capacidades, seus sonhos. Somente torço para que elas não se frustrem com a Igreja da mesma forma violenta que me frustrei.
Está sendo difícil assumir esta postura, pois toda ferida tem seu tempo de cura. E esta cura é difícil e muito íntima. Para dar exemplos, duas pessoas para as quais assumi esta postura disseram um “Deus te ajude”, num sentido de penalização por eu ter saído da Igreja. Como se fora dela estarei perdido. O ser humano se perde toda vez que não segue seus sentimentos. Os sentimentos sempre nos conduzem ao amor e o amor é felicidade. Portanto, estou feliz por não ser católico, não é mais uma obrigação, não é mais aquele sofrimento estranho que sentia quando entrava na missa, quando ouvia aquele moralismo hipócrita. Meu sentimento me conduz a observar a Igreja Católica e não para o tal ‘sentir com a Igreja.’
Continuo acreditando em Jesus – ele não fundou a Igreja Católica como religião – sobre um caminho de uma espiritualidade universalista, ecumênica e libertadora. Caminho difícil, mas intenso e de liberdade garantida.”

Contudo, acredito que a Igreja Católica tem um papel fundamental na história da humanidade. Mas, se ainda me havia uma poeira de esperança da Igreja mudar, esta foi soprada pelos novos ventos de Joseph Ratzinger.

Alimentar a culpa nos faz retroceder. Alimentar o amor nos faz amadurecer. Alimentar a liberdade nos faz, simplesmente, ser!

Ser é Lutar!

sexta-feira, abril 08, 2005

SER É LUTAR!

Esse meu lema é forte e fraco.
Forte porque sei que o sentido do movimento da vida é a luta.
Fraco quando me sinto fraco para lutar.
Forte porque a essência da existência é o conflito para o equilíbrio.
Fraco porque o equilíbrio dificilmente se fixa, por causa do conflito da essência contra essa falsa e dominante existência.
Forte quando me sinto forte para lutar.

Então, ser é lutar ou lutar é ser?
O ser é lutar pressupõe a essência de lutador.
O lutar é ser pressupõe a gana de querer ser.
Todos querem ser, mas poucos lutam para isto.
Os que lutam têm a lamúria do desprezo.
Os que não lutam têm a doce e hipócrita felicidade conformista.

Mas lutar para ser o quê? Ser é lutar para quê?
Uns sentem que são porque lutam contra o que realmente são.
Outros lutam para ser o que não querem ser.
Uns lutam por verdades humanas e históricas.
Outros lutam por verdades e histórias humanamente manipuladas.
Uns vivem porque lutam para a morte do ser.
Outros morrem porque lutam pelo ser que quer viver.

Ser é Lutar!

quinta-feira, abril 07, 2005

Inauguração

Expressar intimidades não é minha intenção aqui. Apenas descobri que preciso dialogar comigo mesmo e que isso se dá pela escrita. A escrita ajuda a criar um tipo de canal entre você e você mesmo.
Mas como gosto muito de conversar e interagir minhas expressões com outras pessoas, resolvi criar esse blog. Entretanto, no início criei um preconceito com isto e passei a refletir a utilidade de se divulgar meus pensamentos, chegando a algumas conclusões.
Gosto de produzir textos, crônicas e construções filosóficas e isso seria algo que poderia indicar uma carreira literária. Mas, para ser intelectual no Brasil precisa ter uma coisa que não tenho: BALA NA AGULHA! Não sou baludo....hahaha. Ainda mais depois de ter atendido um parente de um famoso escritor brasileiro...Ele é a cara dele. O cara estava morando em albergue público e é muito traumatizado por não ser tratado como uma pessoa normal e sim como “o parente de Fulano”. Além de afirmar que apesar de seu parente ser referência na formação dos Bacharéis em Letras, morreu pobre, e a família não recebe nada de direitos autorais.
Como detesto a venda da intimidade, como difundida em programas como Big Brother, logo associei isso ao blog. Bem, não tem nada a ver, porque não terei certeza se entrarão no blog; se entrarem, não votarão em nada que determine ganhos financeiros para mim e; principalmente porque não desejo que me vejam trocando de roupa, colocando o dedo no nariz ou falando da vida alheia. Essas coisas eu faço num ambiente íntimo, pois é mais saudável.
Considero a Internet como instrumento de expressão concreta. Porque, por mais lixo que tenha, expressa o que as pessoas querem profundamente...Dizer o que quer atrás de um monitor é muito mais fácil do que na vida social. Aqui se fala com o mundo, mas, primeiramente, consigo mesmo.

Muito bem! Vou terminando esta inauguração aqui porque vou chegar atrasado no Kung-fu.