terça-feira, março 21, 2006

Ímpeto

Meu ímpeto não muda o mundo
Mas me muda

Não fico mudo, nem um segundo
Relato, rebato, sem recato

Peço, chamo, instigo
Porém penso no “castigo”

Divindades pagãs são as que me castigam
Sopram liberdade aos ventos e entopem meus ouvidos

Reclamo da hora que não chega
Fabrico horas para que meus desejos se aproximem

E sempre chegam arrebentando
Decidindo e reincidindo

Transformando e me envelhecendo
Empurrando-me para a morte e para o início da vida

Como uma flor
Ou como um fuzil

E quando de cor anil me cansa os olhos
Eu os fecho

E aguardo o outro dia
Sempre...

3 comentários:

  1. Oi Luciano!
    Gostei bastante de seus "escritos". Li alguns e acho que você está se aperfeiçoando.
    Outra hora te mando uns rabiscos meus.
    O melhor é o desata-te. Gostei muito de ímpeto também.
    abraço!
    Aurea

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  2. Olá Luciano,

    Lindo poema e forte também.
    É possível viajar em suas palavras...

    Deixa um "Q" de ansiedade


    Parabéns!

    Rose

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  3. Na sua subjetividade... eu também navego... como barco em um mar de pensamentos que nos faz uno e multiplo...que nos faz grão e universo.

    beijão

    Raquel

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