A intenção desta mensagem surgiu de um debate com os
estudantes do primeiro semestre em Serviço Social, acerca da identidade que
temos com a sociedade brasileira e com o que se chama de "nação".
Ela pode parecer ridícula mas considero-a legítima ao
intencionar uma sugestão que é de MUDAR o lema da
Bandeira Nacional.
Pesquisando, se encontra o significado conservador do atual
lema "Ordem e Progresso", mas quero registrar um profundo incômodo
que ele me causa, enquanto cidadão brasileiro consciente das origens de nosso
país, mas também um lutador diário em nome de novos horizontes de um povo.
Considero que uma frase expressa na Bandeira Nacional
imprime uma imagem forte das perspectivas que este país se arvora no seu
cotidiano. Neste sentido, a palavra "ordem" gera a idéia de que cada
coisa deve ficar no seu devido lugar, não colaborando, portanto, com o
reconhecimento de que cada brasileiro pode e deve exercer sua liberdade de
compreender e defender o que seja a tal "ordem", legitimando ainda
mais as noções de naturalização da obediência em função das desigualdades sociais
e culturais. No lugar de ordem, prefiro a palavra ALTERIDADE, que significa a
capacidade de se posicionar no lugar do outro ou a premissa de que a cidadania
é fomentada por cada cidadão, a partir da relação de interdependência existente
com o outro, incluindo todas as suas diferenças, principalmente as culturais e
as de classe.
Nesta esteira da valorização da atitude ética pela diferença
é que exponho o que penso sobre a necessidade de substituir a palavra
"progresso". Constatando, atual e historicamente, o progresso em
nosso país não é para todos e tal expressão, aliada à "ordem", não
valoriza a inversão deste contexto porque se o tal "progresso" está
relacionado a avanço, percebemos que os avanços que culturalmente são
considerados não são do ponto de vista de um cidadão popular criticamente
consciente da história social de seu país, fazendo que a ideia de
"progresso" seja mais imposta do que dialogada com a nação, ou seja,
progresso para quem?
Nisto, proponho trocar por DIVERSIDADE, valor que, num exemplo
atual da pessoa da primeira mulher a ocupar o maior cargo da nação, convida a
tod@s @s cidadãos a refletirem no significado cultural da palavra
"Presidenta". A Diversidade que sempre foi elemento genético de nosso
povo, cultura, território, etc., passaria a encaminhar a perspectiva da
equidade, no avistar de um longo século que apenas se inicia para o Brasil
diante do mundo.
Alteridade e Diversidade, no lugar de "Ordem e
Progresso".